Os músicos capixabas vão ganhar um ‘empurrãozinho’ em suas carreiras. Pelo menos é o que prevê o projeto de Lei que será levado à Câmara de Vitória pelo vereador Namy Chequer (PCdoB). A intenção da proposição é de abrir mais espaços para que os artistas capixabas sejam reconhecidos, principalmente no Espírito Santo.
O projeto foi debatido no último dia 25 de maio , no plenário da Câmara. Ele propõe tornar obrigatória a contratação de músicos ou grupos capixabas em qualquer evento musical que seja estrelado por artistas de outros estados ou nacionalidade. Desta maneira, os artistas capixabas passarão a “abrir” os eventos, tendo a oportunidade de mostrar seus trabalhos.
O Projeto da Lei, de nº 159/2009, protocolado na CMV no último dia seis de abril, discute também sobre a remuneração do artista que não poderá ser inferior a 20% sobre o cachê do músico ou grupo principal.
A iniciativa tem o apoio do músico Alexandre Lima. De acordo com ele, o projeto é benéfico, pois muitos artistas da terra não são reconhecidos pelo próprio público do Espírito Santo. O cantor disse ainda que muitos músicos capixabas já têm reconhecimento internacional. No entanto, nem no ES ou em outros estados brasileiros este reconhecimento faz parte da carreira.
No dia 22 de maio os músicos se organizaram e, em uma reunião com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/ES), a Secretaria de Cultura de Estado do Espírito Santo (Secult), e o Instituto Quorum discutiram o apoio para divulgar seus trabalhos e conquistar mais espaço na mídia estadual.
Surgiu, por meio de uma das demandas do projeto “Música do ES: Catálago de Promoção da Música do Espirito Santo”, a necessidade de desenvolver ações para reestruturar e expandir o empreendedorismo e profissionalismo dos artistas do Espirito Santo. Essa é a luta da cooperativa “UNIMOS”, a primeira no Estado, e tem como objetivo oferecer capacitação técnicas e consultoria para os integrantes.
Segundo o gestor da Sebrae, Roberto Maciel, a reunião foi uma sequência do Projeto Música do Espirito Santo. “Foram apresentadas propostas para a área musical para os próximos três anos. Houve comunicação com as rádios para que se tenha um espaço para a música capixaba, e ainda tivemos Makely Ka, presidente da Cooperativa de Música de Minas Gerais, contando como nasceu a cooperativa e como ela impulsionou o segmento no Estado. E ainda contamos com a presença de Arthur Coelho Bezerra, coordenador do projeto ‘Cadeia Produtiva da Música’ falando de seus objetivos.”
Macial disse ainda que, chegar ao produto final e a desorganização da classe são algumas das dificuldades da categoria. Já a necessidade, é conseguir uma política específica para música, pois esta é a área de entretenimento mais procurada no Estado que precisa de melhor organização.